sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Linhas de Nazca


Linhas de Nazca - colibri - Foto: Alexandre Lins

            Nazca é uma cidade com 30.000 habitantes, situada em um vale rodeado de montanhas, distante uns 444 km de Lima no Perú. Aproximadamente a uns 22 km de Nazca, no deserto de Palpa, se encontram as famosas Linhas de Nazca.

          ...A vista do deserto, lá do alto, era espetacular. No solo havia uma grande área repleta de linhas que se entrecortavam. Em meio a todas aquelas linhas havia figuras. Figuras geométricas e de animais como beija-flor, baleia, macaco e outros. Era impressionante, pois elas só podiam ser vistas do alto...

Nazca - antes do sobrevôo

Mapa das Linhas de Nazca
            
             Na década de 20, pilotos peruanos sobrevoaram a região e alertaram sobre as enigmáticas figuras. Algumas linhas têm 15cm de largura e outras, centenas de metros. Foram feitas afastando-se as pedras para os lados, deixando exposto o solo mais claro. As linhas foram feitas entre 800aC e 600dC. Existem várias hipóteses sobre quem fez as linhas de Nazca. Uma, é a versão contada pelos índios anciãos das planícies, os quais viam os Viracochas como causa para a execução das imagens. Segundo estes índios, os Viracochas eram um grupo étnico minoritário, descendente do mítico "Homem-Deus-Viracocha", que chegado dos céus, resolveu instituir uma parte Dos povos andinos. Segundo estes mesmos povos da região de Nazca, eles seriam capazes de voar. Portanto, as figuras geométricas que se entrecortam na região seriam uma forma de contato, homenagem ou culto para aqueles que podiam "enxergar do alto". Outra hipótese é que as linhas teriam sido feitas por extraterrestres. E mais outra, entre tantas versões, diz que as figuras geométricas seriam um gigante método de predição astronômica.


Linhas de Nazca - mirante próximo a rodovia - Foto: Alexandre Lins

Linhas de Nazca - formas geométricas - Foto: Alexandre Lins

domingo, 31 de julho de 2011

Torres Del Paine


Parque Nacional Torres Del Paine
 
             Um dos parques nacionais mais selvagens da América do Sul está localizado na Patagônia Chilena, o Parque Nacional Torres Del Paine. É um parque extremamente organizado. Inaugurado em 1959, o Parque Nacional Torres Del Paine possui 250.000 hectares de área e em 1978 foi declarado Reserva da Biosfera pela Unesco.
 
              Em meio à planície, surge um imenso maciço com picos de até 3.000 metros de altitude. Formado por um conjunto de montanhas distintas, sempre cobertas pela neve, o maciço Paine abriga lagos incrivelmente azuis, rios, cachoeiras e cascatas, glaciares enormes, florestas impenetráveis e ainda espécies raras de plantas e animais como guanacos, condores e pumas. O nome Paine quer dizer "azul claro", devido aos tons de azul do gelo no topo das torres e foi dado pelos índios Mapuches.

Torres Del Paine
 
              Torres Del Paine, a capital de trekking chilena, é considerado um dos melhores lugares do mundo para trekking de alto desempenho. Existem vários circuitos através dos 250 km de trilhas demarcadas, que chegam a quase todos os pontos mais incríveis do parque, como o lago glacial na base das Torres del Paine, o glaciar e o lago Grey e o lago Pehoe, de onde pode-se chegar perto do fabuloso Cuernos del Paine. No verão, novembro a março, quando as temperaturas são mais elevadas, o parque lota, é a época das ventanias onde a velocidade do vento pode chegar a 150 km/h, podendo facilmente derrubar qualquer caminhante pego de surpresa por uma rajada.



Acampamento Paine Grande. Ao fundo Lago Pehoe.
Ladeado pelos irmão Cristian e Andrea Vergara.

              Ao me aproximar do parque, guiando meu carro, avistei uma placa onde estava escrito: "Torres Del Paine, uma paisagem pintada por Deus". Em minha passagem por aquelas bandas caminhei pelas trilhas sob o sol, a chuva e a neve, entre pessoas de diversos lugares do planeta. Fiz amizade com um grupo de chilenos, os irmãos Cristian e Andrea Vergara, Julio Mansilla e Juan Taruman, com o qual caminhei e montei acampamento por vários dias. Nos acampamentos, nas bases das montanhas, a sinfonia noturna era o estrondo dos blocos de gelo se desprendendo dos picos gelados e o som das conversas animadas, às vezes banhadas a vinho, que podiam ser ouvidas nos mais diversos idiomas. Água para beber ali existia em abundância que escorria do gelo das montanhas. Existem passeios de barcos, pelos lagos, que chegam próximos a glaciares, mas as trilhas de Torres Del Paine não são para turistas comuns, são para aqueles que se dispõe a enfrentar um lugar selvagem, no entanto, esplêndido.
 
Alexandre Lins